( por Nuno )
Saudações ciclísticas aos olheiros destas páginas.
No passado dia 18, os destressados: Marco, Gaspar, Andrade, David, Faysca, J. Carvalho e Nuno, saíram da rotina domingueira nas nossas paragens e foram seguir umas subiditas nas Mouriscas. Para os mais atentos podemos dizer cá entre nós, que na realidade talvez se deva a algumas saudades do nosso amigo F1.
Saídos do local habitual, após algum asfalto sob quatro rodas, chegámos ao parque de Campismo onde nos aguardavam alguns sonolentos campistas que depressa se relembraram de que estavam fora dos seus países de origem, tal foi a algazarra que as bikes fizeram. Lubrificações feitas, ainda tivemos direito a uns docinhos que o camarada Gaspar nos tinha reservado antes do sinal de partida.
Não foi ouvido qualquer sinal então, lá fomos nós direitinhos ao nosso método de aquecimento; SUBIDA à vista!
A parte inicial foi um pouco teimosa, porque o terreno estava bastante pesado e os buchos também. Os mais desmotivados depressa se animaram com a progressiva mudança paisagística que se relevou deslumbrante, onde saliento os frequentes regatos ladeados de vegetação densa e diversificada, nos quais saltitava sobre as pedras um notável e sonoro caudal.
Após a conquista do tradicional TALEFE, fomos traídos pelo terreno na travessia de um pequeno percurso de água, onde quase todos viram os cubos das rodas muito perto das areias movediças. A excepção foi o último a rir que, com calma e um sorriso de orelha a orelha, fez a travessia por uma pequena ponte que estava ali mesmo ao lado, o que nos deixou com os respectivos caídos pelo chão...
Tivemos oportunidade de verificar o facto que mesmo em terrenos supostamente baldios, encontrámos quase sempre placas orientadoras de locais de interesse com alguns nomes e pinturas rupestres curiosas.
Houve ainda tempo para visitar uma casa que os locais dizem estar assombrada na qual não entrámos, para não sujar o chão. Para não fazer a desfeita aos habitantes da mansão, elaborámos uma dança “espanta espíritos” que devo dizer, faz correr qualquer coisa para bem longe e com uma valente dor de barriga de tanto rir.
Claro que o fotógrafo estava lá mas quando tentámos visionar a tragédia que são as nossas representações, não havia nada registado na máquina. Medo; muito medo....
Qualquer coisita serve para abrir o apetite a esta gente, julgo que desta feita foi a dança que os fez aclamar por peixe do rio frito, acompanhado por uma pinguita nova. Ficou a questão: branco ou tinto? Foi vê-los a pedalar num percurso espectacular acompanhando o Rio Tejo que terminou com um subidão que mais parecia com uma avenida, tal era o apetite.
Chegados ao ponto assinalado tivemos uma desilusão ao ouvir que peixe só por encomenda, ao qual respondemos em uníssono: aguardem-nos que destas coisas nós não nos esquecemos. Claro que o precavido Andrade logo solicitou um cartão de visita para qualquer eventualidade.
Perante isto e após a banhoca nas instalações do parque de campismo, previamente acordadas pelo logístico de serviço Marco, foi mantida a tradição de moer uns franguitos, aproveitando as sobras para cobrir o apetite quem sabe, da mãe do nosso inesquecível amigo F1.
Boas pedaladas e até sempre.
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